Consumidores inadimplentes registram recorde histórico de pagamento de dívidas negativadas em 2023, aponta Serasa Experian


  • Crescimento de regularização de dívidas foi de 6,2 p.p. em relação a 2022;
  • Setor de “Banco/Cartões” foi o mais priorizado pelos consumidores no período.

Em 2023, do total de dívidas negativadas, os consumidores inadimplentes regularizaram ou renegociaram 64,1% em até 60 dias do final do ano, segundo o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian. Este é o maior percentual já registrado pelo índice desde o início da série histórica. Em relação a 2022 (57,9%), a diferença foi de 6,2 pontos percentuais.

“A diminuição das taxas de juros e da inflação contribuiu para uma maior regularização das dívidas em atraso por parte dos consumidores, resultando em uma maior estabilidade nos índices de inadimplência. O programa Desenrola do Governo Federal também incentivou os cidadãos brasileiros a regularizarem suas pendências financeiras”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Setor de Bancos/Cartões é prioridade de pagamento

Na visão por setores, em 2023, as dívidas mais regularizadas pelos consumidores foram com “Bancos/Cartões” (74,6%). Para Rabi, a intenção dos consumidores com essa priorização é a de voltar a ter a confiança dos credores. Em sequência, estavam as “Utilities” (63,9%), que são contas básicas e incluem contas de água, luz e gás.

Contas acima de R$ 10 mil foram as mais priorizadas

Ainda segundo o indicador, as contas negativadas em 2023 com valores superiores a R$ 10 mil lideraram a regularização (76,1%). Esses débitos, segundo o economista da Serasa Experian, tiveram mais destaque porque dizem respeito ao financiamento de imóveis e veículos, por exemplo. Nesses casos, a falta de pagamento pode resultar na perda do bem – o que faz os consumidores priorizarem o compromisso.

O ranking por Unidades Federativas (UFs) revelou que, na média anual de 2023, o Rio Grande do Sul teve o percentual mais expressivo de dívidas pagas em até 60 dias depois da negativação (70,0%), seguido pela Paraíba (69,7%) e Sergipe (68,9%).

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