Quer ficar por dentro de todas as informações do Open Hub News? Acesse nosso Linkedin ou assine nossa Newsletter.
Talvez um dos maiores problemas a serem enfrentados pelos gestores seja: o que fazer quando a estrela do time não é aceita pelos demais integrantes? Vamos esclarecer que a estrela é aquela pessoa que se destaca, tem méritos, aquela pessoa que na sua genialidade escala oportunidades e arranca bons resultados individuais. Consegue trazer novas perspectivas e adora mudanças, mas ao mesmo tempo, é vista como alguém com quem é muito difícil de trabalhar, e a equipe literalmente trava e o ambiente fica tenso.
As estrelas são homens e mulheres que sempre serão grandes diferenciais, mas que também são os geradores de muitos conflitos na equipe. Dão enorme trabalho administrá-los. As estrelas podem ser extremamente valiosas e produtivas porque são capazes de criar ótimos modelos de trabalho ou mesmo ter alta performance e por terem insights rápidos são simplesmente adoráveis (ao menos aos olhos da direção). Mas, quando possuem um ego grande demais costumam aplicar muita energia em ganhos pessoais em detrimento dos ganhos coletivos e é essa atitude de se colocar em primeiro lugar e acima de tudo e de todos que pode causar ressentimento nos outros e afetar o desempenho e trabalho de toda uma equipe.
Sim, talvez você tenha uma estrela no seu time então, como resolver essa equação?
Reconhecendo o desempenho da estrela certamente, mas apresentando um feedback realista e conclusivo sobre o comportamento ou melhor o mau comportamento. Fazer com que enxergue e invista energia mudando-se ao máximo. Fazer com que reflita sob a ótica dos demais membros do time – rapport e empatia. Promovendo o equilíbrio entre a postura e o resultado. Se o comportamento apesar de não ser o desejado, dá para tolerar e contornar, as recompensas serão imensas, muito mais performance e menos situações problemáticas no ambiente e em equipe.
Na sua gestão, cuide para nunca tolerar as pessoas que cruzam linhas éticas como por exemplo as mentiras, as falhas de integridade, intrigas com pares e subordinados, assédio e maus tratos com colegas. Esses são casos que são até fáceis para você tomar uma decisão, demissão sumaria, claro. Mas, há casos mais difíceis de detectar, são aqueles em que não se cruza essas linhas e fica complicado determinar quando o dano causado excede suas contribuições. Exemplo claro disso é quando a estrela atrapalha a comunicação na equipe, interrompe quando os outros falam, impede a conclusão de raciocínio dos demais integrantes do time ou repreende de modo que as pessoas tenham medo de falar o que pensam. Observe de perto, ouça a todos com muita atenção e saiba tomar decisão de forma rápida, transparente e conclusiva.
Como você deve ter percebido, a estrela também demanda muito tempo da sua gestão principalmente quando se conclui que o comportamento vivenciado tornou o ambiente tóxico para os demais da equipe. Portanto, ligue o alerta se você tem que passar horas e horas controlando os danos causados pelas estrelas, isso é mau sinal. Nesse caso os conflitos internos tendem a crescer e sair do controle. Significa que a coisa foi longe demais. Se seu tempo se escassa ou a maior parte dele é gasto discutindo com uma pessoa e o efeito raramente é construtivo tanto pior para sua gestão.
Pondere e pese suas atitudes, você como gestor deve decidir quando e quanto a estrela é importante na sua cadeia produtiva. Certifique-se: a estrela que você tem aí que trabalha com você tem as prioridades claras, conhece os objetivos da empresa, do time e seu? Essa estrela rema junto com você e o time ou tem comportamento demasiadamente excêntrico? O quanto a estrela se dispõe a contribuir com o todo para que a equipe brilhe na empresa? E a última questão, se a estrela precisa trabalhar de forma colaborativa, e se não o faz, está dentro ou fora de seus objetivos e propósitos? Pense nisso.
Excelente trabalho a todos!!!