
Pesquisa releva crescimento do mobile banking e destaca mudanças no comportamento do consumidor
O avanço dos canais digitais no setor bancário brasileiro deu mais um salto significativo. Segundo a 33ª edição da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, realizada pela Deloitte, 82% das transações bancárias já são feitas por canais digitais – celular e internet banking. Entre os destaques, o mobile banking responde sozinho por 75% das operações, com 155 bilhões de transações no ano, 20 bilhões a mais que em 2023, o que representa um crescimento de 15%.
O levantamento, revela ainda que o Pix é protagonista no cenário digital, acumulando quase 25 bilhões de operações via smartphones e um aumento de 41% em relação ao período anterior. Em média, cada conta realiza 55 transações por mês via mobile, sendo que pessoas físicas respondem por 92% desse volume. Além disso, 78% dos clientes ativos concentram mais de 80% de suas movimentações nesse canal.
Enquanto os canais digitais ganham espaço, as transações realizadas em agências, caixas eletrônicos e outros pontos físicos continuam caindo, representando hoje apenas 5% do total. Nas agências bancárias, foram registradas 3,6 bilhões de operações, uma queda de 14% em relação a 2023. Apesar do recuo, esses canais permanecem importantes para operações mais complexas, como contratação de crédito e renegociação.
O Open Finance também mostra avanço, com maior número de consentimentos para transmissão de dados e a presença de agregadores financeiros em 50% dos bancos – aumento de 12 pontos percentuais no ano. O número de simulações e cotações subiu de 18,1 para 25,5 milhões, um salto superior a 41%.
O destaque da pesquisa recai sobre a visão de Sergio Biagini, líder da indústria de serviços financeiros da Deloitte, que ressalta a tendência de os bancos brasileiros buscarem se consolidar como grandes plataformas digitais:
“O cliente está cada vez mais disposto a concentrar suas informações financeiras onde encontra maior valor – e isso depende diretamente da qualidade da experiência digital oferecida. O avanço dos agregadores financeiros e a preferência por instituições com uma oferta mais ampla de funcionalidades mostram uma oportunidade clara para os bancos se consolidarem como hubs financeiros: plataformas completas de gestão que unam conveniência, personalização e integração em um único ambiente digital”, afirma Sergio Biagini.
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