Quer ficar por dentro de todas as informações do Open Hub News? Acesse nosso Linkedin ou assine nossa Newsletter.
Em todo o mundo, fraudadores, sejam profissionais ou oportunistas, monitoram de perto os comportamentos e transações dos clientes de instituições financeiras, mantendo o mercado financeiro em constante alerta. Apesar de o Brasil ser referência no desenvolvimento de tecnologias e métodos avançados para combater fraudes, a velocidade com que golpistas adaptam e utilizam informações para prejudicar os clientes é alarmante. Segundo uma pesquisa do Datafolha, são registradas cerca de
4,6 mil tentativas de golpes financeiros e digitais por hora no país, resultando em um prejuízo estimado de R$ 71,4 bilhões nos últimos 12 meses.
A evolução tecnológica e o aprimoramento das estratégias de ataque, como phishing e engenharia social, têm permitido que criminosos explorem novas vulnerabilidades, especialmente em canais digitais. Além disso, uma pesquisa recente da FICO revelou que 75% dos brasileiros consideram o combate à fraude um dos três fatores mais importantes na escolha de um banco.
Diante desse cenário, investir em tecnologia de ponta para combater fraudes deixou de ser uma escolha opcional e tornou-se uma necessidade estratégica. No entanto, para que esses investimentos sejam eficazes, é fundamental que os recursos tecnológicos sejam desenvolvidos com uma arquitetura modular, capaz de se expandir e se adaptar a novos desafios.
Plataformas tecnológicas com essa abordagem permitem desde a automação de tarefas repetitivas até decisões em tempo real baseadas em análises robustas de risco. O combate à fraude vai além da questão financeira, representando também um fator crucial para a reputação das instituições, que exige vigilância contínua e adaptabilidade.
Além disso, a aderência regulatória e a adoção de modelos de negócio centrados no cliente são pilares essenciais para construir uma reputação de confiabilidade e integridade. Essas características promovem a lealdade dos clientes e reforçam a competitividade no mercado.
Inovar e personalizar ofertas e serviços, transformando a conformidade regulatória em um facilitador e não em uma barreira, é indispensável. Uma experiência integrada e fluida, que ofereça uma visão 360º do cliente ao analisar tanto as transações quanto o contexto comportamental, não apenas proporciona uma vantagem competitiva significativa, mas também é essencial para identificar e prevenir fraudes de forma eficiente.
A ampliação do acesso a serviços bancários, como parte da inclusão financeira, inevitavelmente aumenta o risco para as instituições financeiras. Nesse contexto, o uso intensivo de dados e inteligência artificial (IA) torna-se um aliado indispensável, permitindo que pessoas sem histórico financeiro, mas com perfis legítimos, sejam incluídas de forma segura. Ferramentas de autenticação avançadas e análises comportamentais reduzem significativamente os riscos e fortalecem a segurança ao
longo do processo.
Integrar e orquestrar múltiplas tecnologias tem sido um dos grandes desafios das instituições financeiras. Uma gestão eficiente desses recursos não apenas viabiliza a criação de uma experiência integrada e personalizada, mas também proporciona redução de custos operacionais, maior fidelização de clientes e ganhos expressivos em competitividade.
Nesse contexto, a inteligência artificial desempenha um papel importante, mas não pode ser vista como uma solução universal. Seu uso deve ser planejado de forma estratégica, considerando que, sozinha, ela não resolve todos os desafios.
A inteligência artificial generativa surge como uma promessa transformadora para aprimorar a eficiência operacional, a experiência do cliente e a gestão de fraudes. No entanto, sua implementação exige uma interface bem estruturada entre tecnologia e pessoas. É essencial revisar processos, capacitar equipes e calibrar continuamente as ferramentas para garantir uma IA ética e responsável. Assim, a tecnologia não substitui, mas complementa a intervenção humana, preservando o olhar atento e
estratégico que apenas as pessoas podem oferecer.
A combinação de aderência regulatória, centralidade no cliente, inclusão financeira e inovação tecnológica cria as bases para uma transformação digital segura e eficiente.
Essa abordagem não apenas previne fraudes e golpes financeiros, mas promove um ecossistema mais confiável e sustentável para o mercado financeiro.