É muito comum, normal, quando falamos de risco, nos debruçarmos sobre aqueles que já temos algum conhecimento, daqueles que nos afetam, factíveis e visíveis. Até aí, nada de novo, vida que segue!
Mas….e os riscos invisíveis? Pois é, eles existem e são capazes de promover estragos de dimensões gigantescas, trágicas e na maioria das vezes, totalmente imprevisíveis e que não são imediatamente aparentes.
O termo risco invisível muitas vezes está associado a ameaças ou perigos que não são facilmente percebidos à primeira vista. Pode abranger questões como vulnerabilidades de segurança digital, colapsos financeiros de grandes proporções, ameaças ambientais e até mesmo doenças de âmbito mundial, causando inclusive pandemias, como as que tivemos recentemente com a COVID. Esta ameaça invisível matou milhões de pessoas no mundo, quebrou milhões de empresas e fez desaparecer milhões de empregos. Uma tragédia!
Quem tem mais de 50 anos com certeza há de lembrar do Plano Collor. Na noite de 16 de março de 1990, foram divulgadas as medidas econômicas que visavam trazer a inflação para patamares mais civilizados. Brasil inteiro de olho na telinha e o saudoso Joelmir Betting começa a informar as medidas. Num determinado momento informa que a partir daquela data todas as cadernetas de poupança e outros ativos estavam congelados por 18 meses…silêncio no estúdio, ele, atônito, se vira para outra jornalista da bancada e diz “Como assim?”.
Quem em sã consciência poderia prever ou se prevenir destas medidas? Estes são apenas 2 exemplos, entre inúmeros, que afetaram a vida dos brasileiros.
É crucial estar ciente desses elementos ocultos para tomar decisões e mitigar potenciais impactos adversos. A compreensão do risco invisível exige uma abordagem atenta e proativa na identificação e gestão dessas ameaças que podem escapar à visão superficial. É importante que cada segmento da sociedade concentre o seu olhar para situações que possam afetar a sua atividade com questões do tipo “what-if” por mais inviáveis que possam parecer.
Para que este tema seja tratado de forma adequada é fundamental que alguns passos sejam adotados, como por exemplo: Educação e Conscientização, monitoramento constante, adoção de boas práticas, resposta rápida, avaliação regular de riscos, uso de tecnologia e colaboração e compartilhamento de informações.
Até a próxima!