Desde o último dia 9, os consumidores com alguma inadimplência contam a Plataforma do Programa Desenrola Brasil, mais uma ferramenta para renegociar dívidas e voltar ao azul
A terceira fase do Desenrola, que vai até 31 de dezembro, tem como público-alvo pessoas que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Além das dívidas bancárias, os inadimplentes agora podem renegociar também pendências de consumo (contas de luz e água), educação, varejo, entre outras.
Os devedores serão divididos em dois grupos. Aqueles cuja inadimplência seja inferior a R$ 5 mil poderão pleitear acordos à vista ou parcelados em até 60 meses, com juros de 1,99% ao mês. Neste caso, os acordos serão garantidos pelo Planalto, por meio do Fundo de Garantia de Operações (FGO).
Já as renegociações entre R$ 5 mil e R$ 20 mil podem ser quitadas à vista, a partir do desconto oferecido pelos próprios credores.
Passo a passo
Os interessados em renegociar dívidas com ofertas e condições diferenciadas devem acessar o portal oficial do programa: https://desenrola.gov.br/.
Neste ponto, o Ministério da Fazenda chama atenção dos cidadãos, a fim de ressaltar a importância para que todos os acordos sejam feitos única e exclusivamente pela plataforma, já que existem golpistas usando o Desenrola para enganar a população e obter vantagens financeiras.
Para iniciar o acordo, o cidadão deve clicar no botão Entrar com o gov.br, no canto direito e superior da tela.
O usuário então deverá efetuar o login com os dados cadastrados na conta Gov.br. Para isso, o cidadão precisa ter a conta prata ouro.
A seguir, o cidadão vai se deparar com a tela Minhas Dívidas, com todas as ofertas disponíveis para ele.
Em alguns casos, o consumidor terá a opção de quitar a conta em atraso apenas à vista. Mas também há ofertas que possibilitam o parcelamento, definições estas que são estabelecidas pelo credor.
Um grande diferencial do Desenrola é a possibilidade de negociar mais de uma dívida ao mesmo tempo. Neste caso, o devedor tem de selecionar quais contratos quer negociar para, posteriormente, escolher o banco que financiará este acordo, como indicam as figuras 4 e 5.
O próximo passo é informar a data de vencimento da primeira parcela, seleção que vai direcionar o usuário à tela de opções de pagamento. Além de decidir entre acordos com o menor prazo ou menor parcela, o cidadão também conta com um simulador, em que pode personalizar o acordo e enviá-lo como proposta.
Concluída a simulação, agora o consumidor terá de confirmar os dados cadastrais e a proposta será enviada para análise, conforme a figura 7.
Aprovada a proposta, basta o cidadão escolher a forma de pagamento do acordo (débito automático, pix ou boleto), assinar digitalmente o contrato dentro do prazo de 10 minutos.
Negociação concluída, o cidadão vai se deparar com a tela a seguir.
Sempre que quiser, o usuário poderá renegociar novas dívidas ou consultar as que já estão em andamento no menu superior da página.
Mas caso a dívida não apareça na relação de ofertas da Plataforma Desenrola, o consumidor deverá tentar um acordo diretamente com o credor, nos canais de atendimento oficias.
Balanço
Lançado em 17 de julho, o Desenrola promoveu a desnegativação de 10 milhões de registros de pessoas com dívidas menores que R$ 100, de acordo com dados do Ministério da Fazenda.
Na Faixa 2, que contempla negativados com renda de até R$ 20 mil, o programa viabilizou o acordo de 2,22 milhões de dívidas de 1,73 milhão de clientes bancários, totalizando R$ 15,8 bilhões, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
