De acordo com o dicionário, a palavra diversidade significa “característica ou estado do que é diverso, diferente, diversificado; não semelhante”. Por anos, isso era inaceitável nas empresas na hora de formar um time. Era esperado contratar pessoas que tivessem o mesmo estilo, etnia, que se enquadrassem na mesma faixa etária e que gostassem das mesmas coisas.
Adotar a cultura inclusiva pode trazer inúmeros desafios, já que requer comprometimento em todos os níveis da organização. É preciso que os líderes, por exemplo, saibam liderar uma equipe com pessoas de perfis diferentes com respeito e empatia.
Ao utilizar essa estratégia, é claro que algumas pessoas eram incluídas, mas muitas acabavam sendo excluídas, o que não contribuía para uma sociedade mais justa e inclusiva. Por isso, as empresas passaram a se comprometer com o propósito de diversidade e inclusão, com um único objetivo: promover igualdade de oportunidades e respeitar os direitos humanos.
Um estudo da revista Forbes constatou que a diversidade nas empresas é um dos principais motores da criação de um ambiente inovador e é um elemento-chave para o crescimento global.
Além disso, o relatório “Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil 2022 e Tendências para 2023” mostra que 81% das empresas afirmam destinar recursos específicos para ações de diversidade e inclusão. Outro dado interessante é o aumento percentual de companhias que dizem possuir uma área específica e dedicada à gestão da temática, avançando de 64% em 2020 para 71%.
Sem dúvida, estamos diante de um avanço, mas ainda é necessário enfatizar a importância de construir um propósito de diversidade e inclusão dentro da cultura empresarial para que mais empresas adotem essa abordagem. Isso não se trata apenas de cumprir regulamentações ou manter uma imagem positiva, mas sim de abraçar uma causa que pode transformar a empresa e a sociedade como um todo.
O que uma empresa ganha em ser diversa e inclusiva?
Além do que nos parece super óbvio pelos princípios humanos, as empresas que optam pela diversidade e inclusão, certamente, colhem muitos frutos. Primeiramente, elas têm acesso a uma gama mais ampla de talentos, o que pode impulsionar a criatividade e a inovação. Além disso, uma força de trabalho diversificada está mais alinhada com as necessidades de uma base de clientes cada vez mais diversa. Isso não só fortalece a relação, mas também aumenta a competitividade no mercado global.
A sociedade está em constante transformação e as empresas que não acompanham as evoluções não sobrevivem. Os consumidores estão cada vez mais conscientes das práticas empresariais e preferem apoiar organizações que demonstram um compromisso genuíno com a diversidade e a inclusão. Isso inclui não só o quadro de colaboradores, mas também a publicidade, os produtos e a responsabilidade social corporativa.
É preciso encorajar as pessoas a serem quem elas são, a se sentirem respeitadas e representadas, em um ambiente seguro, empático e acolhedor. Quando você se sente bem, sendo você mesmo, sem medo, se torna muito mais feliz e produtivo. Com a soma desses fatores, conseguimos uma empresa com produtos e serviços muito mais criativos e que atendem a toda a sociedade.
A cultura da organização deve estar em linha com todos os valores de inclusão e diversidade, principalmente as políticas de contratação, treinamento e promoção, para eliminar qualquer possibilidade de desigualdade de oportunidades.
À medida que as empresas abraçam essa causa, todos ganham, empresas, empregados e toda a sociedade como agentes de mudança.